25.6.09

A mídia endurece



Sem delongas. A mídia endurece porque é overdose. Sempre critiquei o “Réquiem para um Sonho”, por conta do exagero imagético do diretor, porque chega uma hora, em que eu, ao menos, simplesmente amorteço. Não sinto mais.
E é assim com notícias tristes e celebridades “causators”, eu fiquei mais triste com a tragédia do vôo 447, do que com a morte do Michael Jackson. Até a Farrah Fawcett, que eu nunca vi na TV, me entristeceu mais. Acho mais comovente uma atriz que vivia a segunda metade da vida dignamente tratando um câncer do que o rei do pop. Por quê?
Porque o Michael Jackson aporrinhava. Era uma loucura atrás da outra, a única vez que me lembro de ter ficado simpática a ele, foi quando ouvi boatos de que ele foi maltratado na infância. Loucura e ego TÊM LIMITE.
O Michael parece que fez acordo com jornalistas, todo dia ele paria um furo. Pendura filho na janela, vai pra Bahia, abusa de menores, casa com a filha do Elvis, sei lá, eu simplesmente não me importo. Não me importo com a vida dele, nem com o casamento da Angelina Jolie com o Brad Pitt e nem com a carreira do Roberto Justus. Isso pra mim é estalactite da pior espécie.
Não consigo sentir falta do Michael, ele era um joguete de si mesmo e da mídia. Ouvir Jackson 5 será igualmente prazeroso, para mim o seu talento está dissociado de sua pessoa, assim esquizóide mesmo. A mídia faz isso, separa o corpo da alma, o Michael deixou de ser um humano, para virar um spam, um pop-up.