A rotina e a frieza das pessoas, em conjunto com outras circunstâncias pouco afáveis, vão tirando nosso viço, deixando a gente de sorriso amarelo.
É tanto recalque nesse mundo, mas tanto. Eu vez por outra perco o entusiasmo. Mas sempre temos nossos revigorantes. Desde um novo sabor de picolé à lembrança do nosso bichinho de estimação ou um recado de alguém querido, surgem faisquinhas no nosso dia-a-dia quando tudo está fosco.
A Mallu sempre me surpreendeu pela coraqem, na idade dela eu costumava cantar letras escritas por mim, para os mais chegados. Faz tempo que não brinco de botar melodia em nada.
Outra identificação é com a sinceridade. Só que eu tenho tendência a agredir, a querer chocar, até como defesa à insensibilidade alheia (tem gente que foi embalado a vácuo, e usa coração mecânico). O que encanta nessa fofura cantante é justamente isso: ela é doce. Tem a boa-disposição para encarar as pessoas, típica da juventude. Com o tempo, vai dando uma preguiça da convivência com os diferentes.
E eu vou ver o talento juvenil ao vivo e sou grata ao Luli por ter me avisado. I find the pa pa pa...
Ninguém tem esse sorriso.