10.12.16
Sensação de que vivi mta coisa em três semanas. Mas foi só desgaste, quase nada aconteceu. A rotina que ralei pra organizar se desfez e quero refazê-la. As notícias que recebi de você me abalaram mais que tudo. Não sei quem é você. Não sei se sinto falta de você ou do contato físico. O pior de tudo isso que vivemos já passou com certeza, mas nesse momento ainda queria te ver. Sinto tanto pelo que você sofreu, queria te dar um pouco de prazer e alegria agora, ser seu refúgio e pit-stop. Queria te ajudar e te apoiar. Eu que nem sei o que sou na sua vida e que sofro por não ser quase nada. E não ser muito mais do que isso também. Queria saber o que você sente e o que você encontra quando comete absurdos. Amei você e suas aflições, suas dores, suas fraquezas. Só não amei as suas fugas e descasos. Teus excessos quando não são dirigidos a mim, machucqm, me lançam na sargeta das emoções e me sinto ninguém. Estou amordaçada agora, sem poder falar com você. Sei que você tem medo e eu também. Existe o risco de ter uma recaída e esmorecer, se te ver de novo. Mas também poderia libertar, eu poderia entender que não foi e não será. Temo por você também, molestar você agora não me parece humano. Não quero expor você a nada que doa ou perturbe agora. Só queria entender tudo, também estou aflita. Mas, OK, agora não é o momento. Muitas aflições juntas fragilizam. Quando eu estiver melhor, espero que você também esteja.
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